segunda-feira, 10 de novembro de 2008

o belo narciso


Honoré Daumier

4 comentários:

Adair Carvalhais Júnior disse...

Ele era ótimo.

Bee-a disse...

Era mesmo.
Essa ilustração é de uma série que se chama "Mundo Antigo", se não me engano. São sátiras à mitologia grega... muito boas! Queria conseguir mais da série pra postar aqui...

Fred Matos disse...

Bia, desde ontem resisto. Agora já não consigo e coloco parte do meu poema “Eu, Narciso”:

o espelho, águas calmas, guarda,
doce, a imagem refletida,
e o segredo do amor que me consagro.
voluptuosamente abraço-me líquido,
concrecionando-me onde estendo meus braços
somente eu posso amar-me absolutamente
e dedicar-me completa exclusividade.

Bee-a disse...

Pois não devia ter resistido, Fred!
Seus poemas são sempre muito bem vindos em minha casa.

Muito belo esse do Narciso... me lembrou uma frase da Clarice em que ela diz algo como "ninguém é eu, ninguém é você. essa é a solidão."
Me remeteu à solidão do eu, que tenta capturar a sua própria imagem, como vc diz, líquida, fluida... seu poema revela de maneira muito bela essa condição da existência.

Beijos pra ti!