Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.
Eugénio de Andrade
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
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2 comentários:
"como frutos de sombra sem sabor"
Eugenio de Andrade é mesmo ótimo.
demais, né naninha...
como é bom esse poeta.
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