Diálogo de Riobaldo e Diadorim (o menino).
Tive medo. Sabe? Tudo foi isso: tive medo! Enxerguei os confins do rio, do outro lado. Longe, longe, com que prazo se ir até lá? Medo e vergonha. [...] Não pensei em nada. Eu tinha o medo imediato. p. 121
"Carece de ter coragem..." – ele me disse. Visse que vinham minhas lágrimas? Doí de responder – "Eu não sei nadar..." O menino sorriu bonito. Afiançou: – “Eu também não sei.” Sereno, sereno. Eu vi o rio. Via os olhos dele, produziam uma luz. – Que é que a gente sente, quando se tem medo?” – ele indagou, mas não estava remoqueando; não pude ter raiva. “Você nunca teve medo?” – foi o que me veio, de dizer . Ele respondeu: – “costumo não...” p. 122
"Carece de ter coragem. Carece de ter muita coragem..." p. 124/125
Guimarães Rosa. Grande sertão: veredas.
sexta-feira, 27 de março de 2009
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2 comentários:
muita coragem.
carece de ter muita, muita coragem e um tanto de fé, para adentrar os sertões. Principalmente o nosso sertão...
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