
No céu flutuavam trapos
de nuvem - quatro farrapos:
do primeiro ao terceiro - gente;
o quarto - um camelo errante.
A ele, levado pelo instinto,
no caminho junta-se um quinto.
Do seio azul do céu, pé-ante
pé, se desgarra um elefante.
Um sexto salta - parece.
Susto: o grupo desaparece.
E em seu rato agora se estafa
o sol - amarela girafa.
Vladímir Maiakóvski (1917 - 1918)
Tradução de Augusto de Campos
2 comentários:
ah. acabei de ler este poema no livro.
Que belo !
belíssimo!
é um dos meus preferidos do maia desde sempre.
=)
Postar um comentário