Não queiras, Lídia, edificar no spaço
Que figuras futuro, ou prometer-te
Amanhã. Cumpre-te hoje, não 'sperando.
Tu mesma és tua vida.
Não te destines, que não és futura.
Quem sabe se, entre a taça que esvazias,
E ela de novo enchida, não te a sorte
Interpõe o abismo?
Ricardo Reis
Vive, dizes, no presente,
Vive só no presente. Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede.
Alberto Caeiro
2 comentários:
Belos poemas. Belas aproximações do mesmo no outro.
um me remeteu instantaneamente ao outro.
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